
(Lya Luft)
“Meu coração que voavaficou surpreso.
A boca se fechou, a música
descaiu num tom menor.
Meu corpo que retornava
ao que nunca tinha sido
(senão com nostalgia)
retoma o que sempre fingiu ser.
Ficamos à espera, minha vida e eu
(sem amargura, mas desconcertadas)
de que apagues os parênteses
e voltes, e te permitas
as ternuras, o encanto, as surpresas
que iluminavam (como os meus)
teus próprios dias.”
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