22 de jul. de 2011

About JFK

Nos anos sessenta meu pai admirava John Kennedy, admirava seu jeito de governar, sua juventude e seu dinamismo, torcia por ele e ficou chocado, como grande parte do mundo, com seu assassinato.

Para homenageá-lo sugeriu a troca do nome da rua onde morava,no interior do RS, que era Rua Passo da Cruz para Rua Presidente Kennedy( ele era secretário da Câmara de Vereadores local) o que foi aceito e feito. Hoje moro na Rua Presidente Kennedy,na mesma casa onde ele e minha mãe moravam na época e acho que a admiração que ele nutria pelo jovem político não teria resistido aos seus segredos de alcova.
Afinal, JFK não escreveu os livros que saíram com seu nome-foi um ghost writer,se elegeu presidente com a campanha comprada pelo todo poderoso pai-embaixador Kennedy, foi um político mediano e como pessoa,foi um homem mimado,irresponsável e egocêntrico,além de viciado em sexo, claro. Passou mais tempo desfrutando os prazeres da cama com mulheres do que realmente governando. Se envolveu com tantas tramas paralelas ao mesmo tempo e fez tantos inimigos que duvido que tivesse sobrevivido ,mesmo que escapasse do atentado e ele já tinha escapado de dois outros na mesma época,pouco divulgados. A mística que envolve seu nome só perdurou tanto tempo porque a maioria da sujeira em que ele estava envolvido foi escondida,assim como as dezenas de amantes, o gosto pelo superficial, o pouco apego a sentimentalismos, o vício em anfetaminas,o uso de LSD introduzido por uma amante dos últimos anos...
Segundo reportagem publicada pela revista Veja, em 2002,(depois que foi revelado seu prontuário médico), para suprir os efeitos causados pelo mal de Addison, ele recebia regularmente doses extras de testosterona, o hormônio masculino responsável pelo desejo sexual, isto ajudaria a explicar seu insaciável apetite sexual. Mas será que ele seria diferente se não tivesse esta doença e não tomasse toda a testosterona que o tornou praticamente um atleta sexual?
De qualquer maneira o que a história provou,além do mito, foi que ele era um homem bem menor do que a imagem que projetou. Foi apenas o sonho do pai dele que deu certo não por acaso,mas forjado a ferro e fogo. Acho que ele não teria sido um grande estadista, o tempo provaria isto.

Pati K

Os Kennedys


A minissérie OS KENNEDYS reacendeu minha curiosidade sobre o assunto e comprei o livro de François Forestier- MARILYN E JFK- e adorei.
O livro é cheio de informações e impregnado de um cinismo cru e cáustico ao revolver a escuridão podre e escondida de Camelot e adjacências.
O autor não deixa pedra sobre pedra,ou melhor,nenhuma moral sobrevive incólume, mesmo descontando alguma liberdade criativa do autor,como por exemplo, quando ele cita supostos pensamentos de Marilyn estando ela encarcerada em um manicômio,nos seus dias negros perto do fim...nem ele teria como saber o que ela pensava.
Mesmo assim, o livro vale cada centavo. Mas prepare o estômago.

Pati K