5 de mar. de 2011

Tela-Volegov


(Maria Sousa)

porque o tempo é invisível perdi

o poder de te nomear

se algum dia voltares não vais reconhecer
o grau zero das nossas despedidas:

conhecer por antecipação o cenário
silencioso onde alguém fala palavras
que não ouves

tens em ti a rigidez dos gestos parados
entre os silêncios."

Do Blog http://turquoisetulipsandbliss.tumblr.com


(Ana Cristina César)

"(...)
eu queria
apanhar uma braçada
do infinito em luz que a mim se misturava.

eu queria
captar o impercebido
nos momentos mínimos do espaço
nu e cheio.

eu queria
ao menos manter descerradas as cortinas
na impossibilidade de tangê-las.

eu não sabia
que virar pelo avesso
era uma experiência mortal."