10 de jul. de 2009

(Pablo Neruda)

"Amiga,não morras.
Ouve estas palavras que me saem ardendo,
e que ninguém diria se eu não te dissera.
Amiga não morras.
Eu sou o que te espera na estrelada noite.
O que debaixo do sangrento sol poente te espera.
Olho os frutos cair na terra sombria.
Vejo as gotas de orvalho dançando na erva.
Na noite o espesso perfume das rosas
quando dança a ronda das sombras imensas.
Sob o céu do Sul,o que te espera quando
o ar da tarde como uma boca beija.
(...)
Eu sou o que te espera na estrelada noite,
sobre as praias áureas,sobre as douradas eras.
O que cortou jacintos para o teu leito, e rosas.
Estendido entre ervas,eu sou o que te espera!"

Um comentário:

Josemar Pires Ribeiro disse...

Oi.. fazendo uma visita e lendo perolas de textos..
bom fim de semana..
abraços