4 de jan. de 2010

Os degraus do tempo


(Rosa Alice Branco)


"Costumava sentar-me no degrau mais alto
e pela janela via as árvores balouçarem
no silêncio da casa, o silêncio
de ter estado ali há muito tempo
esperando que viesses como agora espero
que o tempo se desdobre na memória
que te guarda.
O mundo era infinito
e a minha existência estava no teu rosto
à espera de um gesto que a desenhasse
para que pudesses nascer todos os dias."

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