28 de jun. de 2008

Corpo Adentro

(Marina Colasanti)

Teu corpo é canoa em que desço
vida abaixo morte acima
procurando o naufrágio
me entregando à deriva.
Teu corpo é casulo de infinitas sedas
onde fio me afio e enfio
invasor recebido com licores.
Teu corpo é pele exata
para o meu pena de garça
brilho de romã
aurora boreal do longo inverno.

Um comentário:

Menina do Rio disse...

Como dizes, são mesmo Pérolas!
Muito bom gosto na escola dos poemas e poesias!

Um beijo pra tu