(Alfonsina Storni ) Tradução de Carlos Seabra
Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos...
No vento, ao passar,
A carícia que vaga sem destino nem fim,
A carícia perdida, quem a recolherá?
Posso amar esta noite com piedade infinita,
Posso amar ao primeiro que conseguir chegar.
Ninguém chega. Estão sós os floridos caminhos.
A carícia perdida, andará... andará...
Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante,
Se estremece os ramos um doce suspirar,
Se te aperta os dedos uma mão pequena
Que te toma e te deixa, que te engana e se vai.
Se não vês essa mão, nem essa boca que beija,
Se é o ar quem tece a ilusão de beijar,
Ah, viajante, que tens como o céu os olhos,
No vento fundida, me reconhecerás?
7 comentários:
Olá Pati, texto espectacular...
Beijos
Pati,
Eu amo as poesias dessa mulher, ainda que as prefira na língua nativa, mas mesmo assim essa tradução está magnífica.
Estou dando uma pausa no Dois Rios. Tem um post de despedida. Depois passa lá. Voltarei em breve!
Meus beijos,
Inês
Oi, Frô
adorei!
Não conhecia essa autora, obrigada por esse presente.
beijos
Oi amiga, vim desejar a vc um final de semana iluminado,
Carinho de RO!
Oi, Pati! Como sempre, fazendo uma visitinha neste seu espaço tão lindo, e aproveitando prá fazer um convite: "Adoção, um ato de nobreza". Que tal participar da Blogagem Coletiva??? Mais informações em:
http://saia-justa-georgia.blogspot.com/2008/10/adocao-um-ato-de-nobreza.html
Beijos!
Olá minha estimada amiga.Adorei seu texto.
Não conhecia essa escritora.
Beijos e uma smena de muita paz e luz.
Regina Coeli.
Sensibilidade tanta. Bem você.
Beijos
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